domingo, 26 de dezembro de 2010

Dentro de mim

Dentro de mim. É bom poder deixar a mente vaguear. Percorrer caminhos proibidos, infringir leis e limites de velocidade, entrar em casas alheias, subir ao ponto mais alto, rasgar as roupas que me incomodam, gritar com o coraçao, sentir a liberdade, nao ouvir a consciencia. E sentir-te. Dentro de mim eu permito que isso aconteça, e por breves instantes tu voltas e eu consigo revelar-te o que nunca tive coragem para deixar sair. E dentro de mim sinto o sangue a percorrer o meu corpo, oiço os meus batimentos na barriga, as minhas pernas parecem feitas de papel. Consigo levantar a minha mao e levá-la de encontro à tua face. Dentro de mim tu ainda és real. Dentro de mim eu posso retroceder e reinventar a história, tomar outras decisoes, e corrigir os meus erros. Dentro de mim tudo fica fácil por uns instantes. Mas também é dentro de mim que se instala uma dor que penetra no meu peito incessantemente, e que nao me deixa respirar. E é dentro de mim que ela fica e me acompanha todos os dias.
É dentro de mim que existem dois mundos: o meu e o nosso.


sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

LONGE


Prendi sentimentos, perdi afectos e enterrei sonhos.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Onde está o meu "eu"?

"Nao tenho medo da morte, tenho saudades da vida."
Atravessou todos os pedacinhos do meu corpo e ficou a pairar sobre os meus pensamentos durante muito tempo.
Passamos grande parte da nossa vida a pensar, a ponderar, a recuar perante aquilo que queremos, a rejeitar aquilo e aqueles que gostamos. Até onde nos leva a nossa cobardia? Argumentamos estarmo-nos a proteger: TRETAS! Somos uns fracos, com medo de correr riscos, com medo da incerteza. Qual o sabor de deixar escapar o que realmente desejamos? Afinal de contas qual é a finalidade da vida? É seguir padroes, regras, esteriotipos e preconceitos? Mas afinal vivemos segundo os nossos sentimentos ou orientamo-nos pelo que a sociedade nos impinge diariamente?
Como é o verdadeiro "eu"? Como se vestiria? Como falaria? Onde viveria? Quem seriam os seus amigos? 
Se realmente nos passa a vida toda quando estamos prestes a partir, será que vamos gostar do que vemos?
Onde e com quem deixamos o nosso verdadeiro "EU"?